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"Verdadeiramente, Nós te faremos vitorioso por Ti mesmo e por Tua pena."
Bahá'u'lláh suportou todas essas dificuldades por nossa causa e para o bem das gerações futuras. Carregou pesadas correntes sobre Seus ombros abençoados para nos livrar dos grilhões do preconceito, da hipocrisia e da inimizade.
Não demorou muito para que Bahá'u'lláh e Sua família fossem despojados de todos os bens que possuíam e desterrados de seu pais natal. Foram exilados para Bagdá, no Iraque, durante os rigores do Inverno. A estrada, ao longo das montanhas do Irã, estava coberta de grossa camada de neve. Bahá'u'lláh, Sua esposa e Seus filhos, tiveram que caminhar centenas de quilômetros para chegar ao seu destino, e o fato de não contarem com suficientes agasalhos tornou ainda mais difícil e sofrida a
viagem. Por fim chegaram a Bagdá, mas os sofrimentos de Bahá'u'lláh não terminaram nessa cidade. Se tivesse medo de dificuldades e sofrimentos, poderia ter aceito a vida luxuosa da corte do rei do Irã. Mas estava preparado para enfrentar qualquer sofrimento no caminho de Deus.
A fama de Bahá'u'lláh logo espalhou-se por Bagdá e outras cidades do Iraque. Muitas pessoas vinham visitar este prisioneiro exilado para receber Suas bênçãos. Os seguidores do Báb reuniram-se em torno d'Ele, vindos de diferentes partes do Irã e do Iraque, em busca de orientação e inspiração. Porém, houve alguns que sentiam ciúme de Sua fama. Entre estes estava Seu próprio irmão, de nome Yahyá, que vivia sob Seu carinho e proteção. Yahyá pensava que, por receber todo o respeito dos seguidores do Báb, podia tornar-se o líder de todos se denunciasse a Bahá'u'lláh. Mas não lembrou que se voltando contra o Manifestante de Deus estava selando seu próprio destino. Pois quando um Manifestante aparece, somente aqueles que aceitam servir em Sua causa podem esperar a verdadeira grandeza. Nem mesmo Seus parentes mais íntimos escapam a esta lei, porquanto um Manifestante de Deus está acima de todos os outros se-res humanos e possui um grau de valor e grandeza que ninguém pode alcançar. Todos os outros Manifestantes tiverm irmãos e irmãs, e outros parentes mas até mesmo seus nomes foram esquecidos.
A intriga feita por Yahyá causou desunião entre os seguidores do Báb e isto deixou Bahá'u'lláh muito triste. Uma noite, sem falar nada a ninguém, deixou Sua casa. partindo para as montanhas do Kurdistáo. Lá, isolado do mundo, permaneceu por dois anos, dedicando todo o tempo às preces e meditações. Morava numa pequena caverna, no alto das montanhas, e vivia dos alimentos mais simples. Ninguém conhecia Seu nome. Ninguém sabia de onde viera. Mas logo, como a lua cheia numa noite escura. Sua luz brilhou sobre todo o Kurdistáo e todos os seus moradores ouviram falar "daquele sem nome". Durante todo esse tempo, Sua família e Seus amigos em Bagdá, que estavam muito preocupados com Sua ausência, não sabiam onde Ele se encontrava. Eles também tinham ouvido falar daquele homem "sem nome", o grande santo desconhecido que possuía conhecimento intuitivo, numa dádiva de Deus. O filho de Bahá'u'lláh, 'Abdu'l Bahá, imediatamente sentiu que se tratava de Seu amado pai. Mandou-lhe cartas e uma mensagem especial pedindo que regressasse, pois não somente Sua própria família,
Como todos os seguidores do Báb, estavam sofrendo bastante com a Sua ausência.
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